Os anjos são mensageiros de Deus, às vezes implacáveis, às vezes protetores, eles simbolizam a mais elevada espiritualidade.
Para conhecermos melhor a inspiração eterna dos anjos, começo com uma breve pesquisa da evolução angelical e algumas concepções de anjo ao longo da história.
VELHO TESTAMENTO
No Gênesis, os anjos aparecem como criaturas corpóreas - um deles até se envolve em luta física com Jacó.
Portadores de mensagens divinas, nenhum deles tem nome no primeiro livro da Bíblia. A partir do exílio dos judeus na Babilônia, 586 aC, aumenta a devoção popular aos anjos. Em Daniel, um dos últimos livros da Bíblia hebraica, dois deles já são citados pelo nome: Miguel e Gabriel.
Entre 200 aC e 200 dC, os anjos ganham papel central em textos apocalípticos que não foram íncluidos na Bíblia, como o de Enoque.
No mesmo período, a seita judaica dos essênios professava o poder do "nome secreto" dos anjos - crença que teria seguimentado na cabala judaíca e até em cultos modernos new age.
NOVO TESTAMENTO
No papel angélico primordial - o de mensageiro - gabriel anuncia a Maria que ela será a mãe do Messias.
No entanto o apostólo Paulo, responsável pela disseminação do cristianismo, tinha uma atitude reticente em relação aos anjos: entendia seu culto como uma forma de idolatria. No Apocalipse de João, último livro da Bíblia, as legiões assumem um papel bélico, na luta contra o mal.
IDADE MÉDIA
No século VII, o islamismo surge absorvendo muitos elementos do judaísmo e do cristianismo - inclusive a crença em anjos , que cumprem funções de relevo nos textos sagrados dos mulçumanos. Mais uma vez, a função primordial do anjo é a de mensageiro divino: Maomé ouve a revelação do Corão do anjo Gabriel.
O filósofo Tomás de Aquino ( 1225 - 1274) foi o grande teólogo da natureza imaterial dos anjos, que seriam fruto da inteligência divina. Essa interpretação dos anjos como criaturas puramente espirituais se tornaria normativa no catolicismo. E continuou seguindo a tradição católica de organizá-los em uma espécie de hierarquia militar, pelo pseudônimo de Dionísio Areopagita.
O exército de Deus: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos.
RENASCENÇA E IDADE MODERNA
No renascimento italiano, principalmente a partir do século XVI, os artistas suavizavam os anjos. Até então figuras masculinas e adultas, eles se tornam quase andrógenos. Surge uma nova concepção pictórica para o querubim: a figura de um menino alado e gordinho.
Em Paraíso Perdido, de 1667, o poeta inglês John Milton cria uma versão humanizada da corte celestial. Os anjos de Milton comem, fazem amor ( mas não se reproduzem) e podem ser feridos em combate ( mas não morrem). O grande personagem trágico do poema é satã, o anjo caído.
O místico sueco Emanuel Swedenborg (1688-1772) criou uma versão heterodoxa dos anjos: no passado, eles teriam sido humanos e mortais. O anjo, seria a forma que as pessoas assumem depois da ressureição.
SÉCULO XIX AOS DIAS DE HOJE
No século XIX, com a eclosão do movimento romântico, aprofunda-se a feminização do anjo iniciada pelos renascentistas. Provavelmente começa então o uso da palavra "anjo" para qualificar uma mulher bela.
O tema do anjo se torna mais raro na arte moderna.
A partir dos anos 60, os anjos encontram lugar na barafunda- religiões orientais, horóscopo, neopagismo etc - conhecida como "nova era".
Nos últimos anos , o anjo vem ocupando seu lugar na cultura pop- em livros para adolescentes e quadrinhos- e no cinema, muitas vezes desligado de seu sentido religioso tradicional.
A virada do milênio e as crises que o cercaram, como o terrorismo, propiciaram um ressurgimento dos anjos que vêm anunciar o apocalipse.
Hoje os anjos de carne e ossos, assim chamados, se dedicam a vida a fazer o bem.
Para minha vida, e de Maria Júlia, Deus preparou um anjo chamado NORMA.
Lembro aquele sábado, primeiro de março de 2009, quando chegei para trabalhar, reuni minhas funcionárias para anunciar a benção que havia recebido, MARIA JÚLIA NASCEU PARA MIM.
Risos e muita emoção se misturam em uma explosão de alegria. Elas sabiam o quanto era importante aquele momento em minha vida.
Chamei então Norma e perguntei se ela cuidava da minha princesa até encontrar uma babá, e com um sorriso no rosto ela foi para casa dos neus pais, onde ficamos por quase noventa dias.
Com amor e carinho ela foi cuidando da frágil criança...
Poucos dias depois me chamou e pediu para ser a babá de Maria Júlia. COMO DEUS É MARAVILHOSO!!! Tinha minha filha, e tanbém eu, uma babá.
Os anos se passam, e vejo, o quanto somos abençoados em ter ao meu lado, não uma funcionária, mas uma amiga, uma irmã, um anjo...
Não esqueço os quatro meses em que se ausentou para fazer uma cirurgia, Maria Júlia que nunca havia tido febre foi parar no hospital - com um ano e dez meses, a primeira febre, e febre emocional - e de toda resistência em aceitar a substituta. Dias tensos, difíceis até para mim como pai que aguardava mais que ancioso seu retorno.
Para Maria Júlia, a "titia" ou atualmente, costuma chamá-la de "Cinderela", grita pela casa: " cinderelaaaa traga "isso"... Cinderelaaa..." rsrsrs Leitura que o imaginário infantil fez da estória, a boa criada que cuida feliz da casa e de todos.
-" titia sou sua melhor amiga..."
Anjos modernos são assim: pessoas que estão ao nosso lado para nos amar, cuidar e proteger.
Como somos felizes por você existir em nossas vidas!
Obrigado pelo seu carinho, dedicação, zelo e amor, TE AMAMOS MUITO NORMA!..
E assim, os anjos não são protagonistas das histórias, mas estão presentes em momemtos crucias delas.
Que linndddo!!!!! Palavras muito bem ditas, saídas do coração como uma oração... a mais pura verdade! VocÊ e Maria Júlia merecem Titia norma ou Cinderela sempre .....!!!! Chorei! Beijos....iluska
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