Depois que adotei Maria Júlia, o interesse e a curiosidade em conhecer um pouco da vida de filhos adotivos é sempre muito forte dentro de mim. E sei o quanto vai me ajudar no futuro com a minha filha.
Cada história com suas características mas, todas com o mesmo sentimento comum, O AMOR PELA FAMÍLIA.
Também em comum o fato de todos saberem desde criança pelos próprios pais serem filhos do coração. Não tendo assim,díficuldades ou sentimentos de inferioridade
Ontem, ao desenhar os vestidos para festa de uma formanda do curso de arquitetura, conheci um linda história.
Jovem, aos 22 anos, ainda indecisa na escolha, a mãe brincou dizendo: "é porque ela tem sangue de cigana"... Rimos muito, e então, ela confessou ser filha biológica de ciganos, tendo sido adotada com um dia de vida. Conversar com mãe e filha adultas e juntas, foi maravilhoso! A naturalidade, o carinho, o respeito e o amor das duas muito me emocionou.
E o mais forte pra mim, foi saber que quando ela tinha 15 anos quis conhecer seus pais biológicos. Conheceu pai, mãe e irmãos. Convivem, mas passada a curiosidade, continua feliz com os pais que a criaram.
Eu, ainda não havia pensado que um dia também poderá acontecer comigo e com minha filha, pois todas as outras pessoas que conheço não quizeram conhecer ou saber que eram e nem onde estavam seus "pais".
Lembro das palavras de uma outra filha adotiva: "SÓ SENTIMOS FALTA DO QUE NÃO TEMOS".
Ver com tudo é tão simples para eles me fez refletir como somos inconscientemente egoístas.
Hoje, ainda não estou preparado para este encontro, mas, se recebi de Deus o presente de poder ser pai de Maria Júlia, sei que Ele não abandonará PAI e FILHA.
Acredito muito no AMOR que nos une.
Amor que todos os dias é cuidadosamente renovado e expressado " PAPAI TE AMA" e correspondido com um "AMO" que me faz ter a certeza que somos bençãos de Deus um para o outro.
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